segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Relatos da gravidez

Aqui começa (muito tardiamente) uma nova rubrica do nosso blogue. O mais importante de todos! Já lá vão seis meses e meio, faltam dois e meio, já vamos na recta final.

Estávamos apreensivos quanto ao sistema de saúde. Pelos relatos que tivemos ou lemos, as nossas expectativas não eram muito elevadas. Pelo sim, pelo não, arranjamos um backup em Portugal...

Quando soubemos da gravidez, tentámos marcar uma consulta, quanto mais não fosse para termos a certeza, sabermos se estava tudo bem e quais os cuidados a ter. Não foi possível. Só às oito semanas. Médico de família, se quiséssemos, só que este estava de férias. Lá tivemos de esperar... A ansiada consulta lá veio, estava tudo bem. Perguntámos se faziam teste à Toxoplasmose. Não se faz cá. Mas sobre este assunto voltarei num outro post.

Explicaram-nos que aqui há dois tipos de seguimento durante a gravidez: por uma midwife ou no Hospital, por Ginecologistas. A vantagem da primeira seria ser um atendimento sempre pela mesma pessoa. Da segunda, ser seguido por especialistas. Tentam sempre "empurrar" para a primeira. No nosso caso, por causa da Doença de Crohn, ficamos com a segunda, para melhor monitorização. Não nos importámos!

Desde então tem havido consultas com alguma frequência (a cada 3-4 semanas) e quase sempre com direito a ecografia (a maioria das pessoas cá faz duas ou três). Apesar destas consultas todas, complementámos em Portugal com as análises que são consideradas essenciais e da praxe (a já mencionada Toxoplasmose, HIV, hepatite ou num estado mais avançado da gravidez a diabetes).

Por volta das doze semanas, os pais têm a possibilidade de pedir um diagnóstico do Síndroma de Down. Em Portugal é considerado uma das ecografias mais importantes. Aqui, nem toda a gente faz. Uma das (principais) razões: paga-se. A outra, talvez os pais não queiram ser colocados numa situação delicada. Foi isto que nos disseram e com este argumento nos tentaram dissuadir. Mas nós fizemos, claro.

Às vinte semanas tivemos a confirmação de ser uma menina. Não é comum aqui saber-se o sexo da criança antes de nascer, mas nós, como bons Portugueses e teimosos, lá pedimos.

Balanço: temos noção que estamos a receber um tratamento acima da média. Não nos podemos queixar da atenção e regularidade no acompanhamento. No entanto não nos sentimos totalmente confiantes. Muitas das análises comuns em Portugal não se fazem. Temos que ir muito bem preparados para as consultas, não podemos esperar que nos perguntem tudo.

Se tudo corre bem, o sistema é óptimo, rápido e eficiente. Mas se porventura acontece algo que está fora do plano (a tal pequena probabilidade) então não sei... E não queremos sequer imaginar.

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