Não era para ser assim. A mudança de casa não correu como esperado (eis o meu lado excessivamente optimista) e prolongou-se. A visita dos meus pais transformou-se num cabo de trabalhos. Na quarta-feira já tínhamos transportado os móveis, com a ajuda precisa de amigos muito solidários. Mas faltavam as coisas pequenas, aquelas que nunca conseguimos contabilizar e que parecem multiplicar-se. Faltam ainda algumas caixas, alguns arranjos na casa antiga e outros tantos na nova. Vamos ver se conseguimos algum descanso...
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Da "casa do lago" para a "casa do castelo"
Pois é, mudámo-nos. Terceira casa. Duplicamos o espaço (precisamos mesmo, não é?), pelo mesmo preço. É um pouco mais longe da estação, temos de ir de carro, mas tem outras condições, mais propícias para recebermos as pessoas que nos virão acompanhar e ajudar nos próximos meses. São três quartos, mais um escritório (?), 160 m2 de área e vistas abertas para a Natureza.
Fica em Haverleij, uma área de desenvolvimento de Den Bosch em que foram planeados vários conjuntos habitacionais (até agora são oito os "castelos") com uma arquitectura a fazer lembrar castelos/fortalezas. A área de construção ocupa apenas 10% do empreendimento, o que confere um ambiente bastante recatado. Mesmo ao lado, um campo de golfe.
A nossa casa fica no Kasteel Velderwoude, o primeiro empreendimento a ser construído. Não é o mais arrojado, mas por isso mesmo talvez seja o mais consensual. São 52 casas e 34 apartamentos.
Para a mudança contámos com a ajuda excepcional e indispensável de três amigos (perguntou-me como conseguimos nós dois pôr tudo na casa antiga). Muito trabalho afigura-se pela frente.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Catarina e Fernando, dia III
Para ver moinhos, que melhor do que Kinderdijk? São 19 e o local é reconhecido pela UNESCO como património mundial. Dá para visitar um deles. O frio é que não ajudou...
No regresso, uma volta por Den Bosch: o pitoresco canal que passa por baixo das casas (binnendieze), as pequenas ruas, a praça principal (markt), os bares e a rua dos restaurantes (korte putstraat). Com as lojas fechadas (e com o frio), o movimento é reduzido. Regressámos a casa para a "última ceia".
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Catarina e Fernando, dia II
Temos vindo a adquirir uns hábitos estranhos com os Holandeses. Não é que nos deu para comprar os bilhetes para o Museu de Anne Frank, na véspera? E com hora marcada e tudo (a única hora disponível durante todo o fim-de-semana era às 19:45)! Mas há mais: marcámos também restaurante! Um dia destes vamos estar a combinar cafés com duas semanas de antecedência. Ou não.
Uma visita a Amesterdão, saída no quarteirão dos museus, visita ao mercado das flores, passagem pelos canais e negen straatjes e eis que chegámos à casa de Anne Frank. Transformada em museu, é um local de memória e símbolo de uma época que nunca devia ter acontecido, mas da qual nunca nos devemos esquecer. Foi muito próxima, por isso custa mais acreditar. Mas noutros locais do mundo continua a acontecer. É apenas uma casa, vazia. Mas o museu está muito bem conseguido, marca, é impossível ficar indiferente.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Catarina e Fernando, dia I
Chegaram hoje, vindo de Birmingham, para três dias "com a gente". Serão os últimos hospedes nesta casa; na próxima semana já nos vamos mudar.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Relatos da gravidez
Aqui começa (muito tardiamente) uma nova rubrica do nosso blogue. O mais importante de todos! Já lá vão seis meses e meio, faltam dois e meio, já vamos na recta final.
Estávamos apreensivos quanto ao sistema de saúde. Pelos relatos que tivemos ou lemos, as nossas expectativas não eram muito elevadas. Pelo sim, pelo não, arranjamos um backup em Portugal...
Quando soubemos da gravidez, tentámos marcar uma consulta, quanto mais não fosse para termos a certeza, sabermos se estava tudo bem e quais os cuidados a ter. Não foi possível. Só às oito semanas. Médico de família, se quiséssemos, só que este estava de férias. Lá tivemos de esperar... A ansiada consulta lá veio, estava tudo bem. Perguntámos se faziam teste à Toxoplasmose. Não se faz cá. Mas sobre este assunto voltarei num outro post.
Explicaram-nos que aqui há dois tipos de seguimento durante a gravidez: por uma midwife ou no Hospital, por Ginecologistas. A vantagem da primeira seria ser um atendimento sempre pela mesma pessoa. Da segunda, ser seguido por especialistas. Tentam sempre "empurrar" para a primeira. No nosso caso, por causa da Doença de Crohn, ficamos com a segunda, para melhor monitorização. Não nos importámos!
Desde então tem havido consultas com alguma frequência (a cada 3-4 semanas) e quase sempre com direito a ecografia (a maioria das pessoas cá faz duas ou três). Apesar destas consultas todas, complementámos em Portugal com as análises que são consideradas essenciais e da praxe (a já mencionada Toxoplasmose, HIV, hepatite ou num estado mais avançado da gravidez a diabetes).
Por volta das doze semanas, os pais têm a possibilidade de pedir um diagnóstico do Síndroma de Down. Em Portugal é considerado uma das ecografias mais importantes. Aqui, nem toda a gente faz. Uma das (principais) razões: paga-se. A outra, talvez os pais não queiram ser colocados numa situação delicada. Foi isto que nos disseram e com este argumento nos tentaram dissuadir. Mas nós fizemos, claro.
Às vinte semanas tivemos a confirmação de ser uma menina. Não é comum aqui saber-se o sexo da criança antes de nascer, mas nós, como bons Portugueses e teimosos, lá pedimos.
Balanço: temos noção que estamos a receber um tratamento acima da média. Não nos podemos queixar da atenção e regularidade no acompanhamento. No entanto não nos sentimos totalmente confiantes. Muitas das análises comuns em Portugal não se fazem. Temos que ir muito bem preparados para as consultas, não podemos esperar que nos perguntem tudo.
Se tudo corre bem, o sistema é óptimo, rápido e eficiente. Mas se porventura acontece algo que está fora do plano (a tal pequena probabilidade) então não sei... E não queremos sequer imaginar.