terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ameaça de bomba

Quando tudo parecia indicar um dia como os outros, o passo acelerado para o comboio e eis que surge o imprevisto, o acontecimento: polícia, a estação parece fechada... «Que se passa?» Aproximamo-nos. «Bomba?» Bem, o aparato não enganava, passava-se mesmo alguma coisa. «O quê? Ameaça de bomba? Mas... está tanto frio...» (NR: o mercúrio marcava -5ºC) «Não podiam fazer isso noutra altura? Talvez na Primavera? Bom, aqui não se pode estar, vamos para um café» (NR: não estamos em Portugal, mas ainda se encontra um ou outro café aberto) «Ahhh, aqui está-se bem; vamos aguardar um pouco.» O café continuava a encher - aquilo sim, foi um dia de belo negócio. «Bom, vou espreitar, a ver se a coisa já se resolveu.» Perguntei à Polícia (no meu "impecável" Holandês) e disseram-me que não sabiam, que pelo menos duas horas iria demorar. «O melhor é ir de carro», pensei eu. E assim foi.

Vistas as notícias, fica o essencial da história: um homem num comboio (entre Roosendaal e Zwolle) declarou que tinha accionado uma bomba. Acrescentou que gostava da Holanda (ao que parece até nasceu cá), mas que o Bin Laden não gostava e por isso teria que ser. Não descobriram (oficialmente pelo menos) bomba nenhuma e o senhor foi detido. Resultado: estação fechada até as 16:00, dez mil pessoas afectadas e algumas centenas (as que iam no comboi) com recordações bastante traumáticas. Felizmente não foi nada, o aparato e a organização são de louvar. Mas ficamos a sentir-nos cada vez menos seguros. Nunca estas coisas tinham estado tão próximas de nós...

Para provar que lá estivemos, fica esta foto dum jornal local (Omroep Brabant):

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