"Quero votar e não me deixam!"

Foi com esta frase que me despedi na Junta de Freguesia de Cedofeita (na qual estou recenseado). Não posso votar por correspondência, informaram-me que tal estava reservado apenas aos representantes do Estado em serviço no estrangeiro. Que devia inscrever-me no Consulado (embora já não fosse a tempo das Legislativas). Ora o Consulado fica em Roterdão, a hora e meia de viagem, e está aberto apenas durante a semana. Quer isso dizer que para votar tenho de tirar um dia de férias. Não aceitam inscrições por telefone, carta ou afins. Nada de trocas de dados entre entidades oficiais (relembro que os meus dados estão ao dispor da Comissão Nacional de Eleições e me encontro inscrito na Junta de Freguesia de Cedofeita; além disso, Finanças, Segurança Social, Registo Civil, etc. todos sabem que eu existo). Está (parece-me) mal! Serei, infelizmente, mais um a contribuir (involuntariamente) para a abstenção.